Essa é a melhor definição sobre a movimentação no Espaço Dickie duarante a Revirada Cuiabana em comemoração aos 289 anos de Cuiabá.
foto: Ney Hugo
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por Pricyla Koehler
Literatura e artes plásticas foram concentrados em único lugar, nos espaços Dickie e Aline Figueiredo, respectivamente. Apesar das mais de 15 mil pessoas que passaram pela Acrimat durante as 24 horas de cultura da Revirada Cuiabana, o público que visitou nosso espaço foi tímido, porém curioso e cativante.
Mesmo não estando muito bem localizados, a nossa participação num evento como esse, que trabalha essencialmente com a integração das artes, foi muito importante. A convergência da diversidade cultural num mesmo espaço mostrou-se uma experiência inovadora e riquíssima. Foi uma prova de respeito à multiplicidade e interação entre os mais diversos estilos de manifestação cultural.
E aproveitando a oportunidade de grande circulação e divulgação da produção cultural cuiabana, o lançamento do livro “O Teatro Pagão”, de Gerson Tasca, não poderia ter tido público mais heterogênio. Isso foi ótimo! É incomensurável o alcance da exposição de um trabalho disponibilizado a públicos tão diversos e que, apesar de tímido, certamente serão multiplicadores da cultura que absorveram no Espaço Dickie, e em todos os outros espaços.
O saldo da Revirada Cuiabana foi mais que positivo. O desafio de realizar um trabalho em conjunto, mobilizando todos os segmentos atuantes na cena cultural cuiabana como Literatura, Artes Plásticas, Teatro, Música e Áudio-visual com apoio da iniciativa privada, da sociedade civil organizada e do poder público mostrou mais uma vez a capacidade e atitude de todos os envolvidos no projeto.
Parabéns! Cuiabá agradece.
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“O lado bonito de se ver”
E do outro lado da festa, também tinha mais literatura. O Movimento de Inteligência Negra (MIN) expôs em sua tenda diversas obras produzidas por negros e/ou relacionadas à cultura afro.
“Estamos aqui para instigar a curiosidade das pessoas e mostrar o lado bonito de se ver do negro”, disse um dos coordenadores do MIN, Cristóvão Luiz. O movimento desenvolve pesquisas sobre a cultura afro, organiza oficinas de dança africana, samba de raiz, capoeira, entre outras atividades, para através dessas ações trabalhar a conscientização sobre a cultura negra e sua valorização junto à sociedade.
O MIN tem uma "biblioteca itinerante" com temática voltada mais para a cultura negra e/ou autores essencialmente negros, montada em eventos e esporadicamente disponibilizada no Espaço Cultural Silva Freire, no Coxipó. Cristóvão ressalta a importância de sistematizar o conhecimento através da escrita, para então ganhar espaço na sociedade e conseguir modificá-la. “Através disso [dos livros], pode-se sonhar.”
Então, está dado o recado!
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