terça-feira, 30 de setembro de 2008

Lado [R] #8: daqui a pouco já tá na rua!

Quer produzir um zine? Não precisa ter muita grana, basta uma idéia na cabeça e muita criatividade!
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por Pricyla Koehler

Logo mais já tá na rua o Lado [R] #8. Os zines, ou fanzines, são geralmente conhecidos por pecar em qualidade técnica em função dos poucos recursos para publicação. Mas o Lado [R] é uma publicação que contradiz essa linha. Produzido há três anos em Natal de forma independente por um grupo de amigos interessados em rock’n roll, contra-informação e irreverência, esse formato independente e irreverente do zine mescla informação com criatividade e bom-humor e têm cativado um público cada vez maior de leitores. Ainda não conhece? Ficou interessado? Então aproveite para ler a entrevista com um dos idealizadores do Lado [R], Leandro Menezes, e descubra porque “conhecimento não se vende.”

O Lado [R] é como um grande laboratório de comunicação. O que as pessoas podem esperar de novidades para o #8?

Leandro: Tem bastante novidade. Conseguimos o apoio para a impressão junto com uma gráfica aqui de Natal, e uma novidade dessa edição é o papel. Mudamos o papel do miolo do zine, agora está em papel jornal, só a capa veio no papel kraft já tradicional do Lado[R], o resultado ficou bacana, a gente curtiu e a leitura fica bem melhor. Só achamos que ficou muito 'molinho'. O zine ficou bem mais fininho, mas já estamos com a idéia de duplicar o número de páginas, para as edições futuras e o zine ganhar mais consistência física mesmo.

E conseguiram rodar quantos exemplares?

Leandro:
Desde o número cinco rodamos dois mil exemplares e conseguimos manter essa tiragem para a oitava edição.

Foto: Renata Marques e Rafael F. (assessoria e diretoria, respectivamente) com a 8ª edição do Lado [R]

E como foi a produção do Lado [R] #8?

Leandro:
Passamos 2008 inteiro de vacilo, sem lançar nenhuma edição... Foram problemas pessoais, contratempos, falta de tempo... Uma coisa aqui e outra ali, acabou que a gente se viu sem estar fazendo mais o zine, e isso nos assustou. Desde fevereiro/março, a gente já tinha a pauta definida e alguns textos já estavam prontos, um estalo de lucidez nos acometeu e resolvemos arregaçar as mangas e reiniciar os trabalhos, revisamos os textos que já tínhamos em mãos e buscamos outros que foram surgindo, como sempre, de forma espontânea, através de conversas com amigos ou navegando pela internet.

Quais as maiores dificuldades que vocês encontram em todo o processo de produção do zine até a impressão e distribuição do material já pronto?

Leandro:
Assim como toda produção independente, o Lado [R] também esbarra em muitas dificuldades, como os custos para a produção e a distribuição dos exemplares para praças de todo Brasil. A primeira publicação não ultrapassou a marca dos 100 exemplares. E todos xerocados! Mas nós acreditamos que conhecimento não se vende, se compartilha, por isso fazemos questão de distribuí-lo gratuitamente até quando pudermos segurar a peteca, vai ser sim... A distribuição ainda é muito tímida, apesar do zine já ter chegado a diversos estados do país. A idéia é estar sempre pensando em uma forma de agilizar isso, mas temos um grande problema que é a falta de grana...

O Lado [R] já é muito mais que um ‘jornalzinho de estudantes’. Vocês já receberam um prêmio da Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação com ele...

Leandro:
Nós inscrevemos um trabalho no Intercom regional em São Luís há uns dois meses. O trabalho é basicamente o Lado [R]. Acabamos levando o prêmio da categoria Áreas Emergentes - Impresso. Com esse prêmio fomos habilitados a participar da edição nacional, em Natal, mas não conseguimos levar o caneco, mesmo jogando em casa. E falando dele, abordamos os mais variados temas e assuntos e perspectivas diferentes da mídia alternativa, marginal, independente ou qualquer coisa assim. Também estamos escrevendo nosso TCC [Trabalho de Conclusão de Curso] sobre o Lado [R], estamos propondo compilar as melhores matérias já publicadas no zine desde a primeira edição, fazendo assim uma espécie de almanaque, ou “fanzinaque”. A nossa intenção é continuar estudando esses temas que nos são queridos.

E entra bastante na questão também contribui para difundir a leitura...

Leandro:
Pois é, é a famosa 'formação de público'. A nossa diagramação, com um formato mais arrojado que outros zines, de uma forma geral contribui para isso. Mas a nossa intenção não é fomentar só a leitura tradicional, nós queremos que o leitor do Lado [R] leia os textos, mas que também leiam as figuras. Por exemplo... temos a idéia de lançar uma edição estritamente visual.

É um vanguardismo hein!

Leandro:
Então, vanguarda não. Acho que somos "possibilistas"... Tudo que nós achamos que tem valor para nós, publicamos. Não existe uma regra, um processo fechado, as coisas simplesmente acontecem.

* * *

E essa edição tem direito até a festa de lançamento e tudo. Quem estiver aí por essas bandas de Natal, não pode perder: lançamento do Lado [R] #8 e do CD "Normal People´s Brigade", da banda Calistoga. Então, se você tiver a chance, cola lá no Centro Cultural Dosol, Ribeira, nessa sexta-feira, 03, às 22h. É só R$5 a entrada e as 30 primeiras pessoas que entrarem na festa ainda ganham o CD na faixa!

E para você que não vai para Natal tão cedo, aguenta aí! Logo mais vai ter Lado [R] #8 circulando aqui em Cuiabá também.

Enquanto isso, vai acompanhando o que essa galera anda produzindo lá na esquina do continente:
www.ladorsemcolchetes.blogspot.com

sábado, 6 de setembro de 2008

Espectador de setembro já tá circulando!

A segunda edição da Revista Espectador já tá na rua!
Já leu a sua?
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Texto: Brunah Vaz
Edição: Pricyla Koehler


Incentivo e facilidade de acesso às informações culturais, artísticas e literárias que rolam na Hell City. É isso que você tá procurando? Então é só conferir a segunda edição da Revista Espectador que já está circulando em Cuiabá. A edição de setembro está mais mais ampla, com 20 páginas, e também aumentou o número de parceiros e colaboradores.

E tem Cativa na Espectador desse mês. "Integração de artes integrando Cultruas" escrito pelos cativos Ney Hugo e Pricyla Koehler conta tudo o que rolou no Língua de Calango 2008.

O destaque da revista é a matéria sobre o Circuito Cultural Setembro Freire. O evento nasceu da idéia da filha do poeta Silva Freire e tem como sentido maior o fortalecimento da cultura local por meio da vinculação entre educação e cultura. Também tem a participação dos meninos da banda Macaco Bong numa entrevista sobre o novo álbum virtual que eles acabam de lançar, com o conceito: “Artista igual pedreiro” e sobre o Circuito Fora do Eixo.

No espaço DEBATE, você vai encontrar o jornalista e poeta Lorenzo Falcão falando sobre Letras, Jornalismo, Etc e Tal. E se você quer saber um pouco mais sobre o universo sertanejo de Guimarães Rosa, a Espectador traz todas as informações sobre a exposição Sertão Encarnado, que é uma homenagem ao centenário do escritor. E falando em clássico, também tem Romeu e Julieta na revista! Só que é uma matéria sobre a atividade Romeu e Julieta No Parque Mãe Bonifácia realizado pela Companhia Teatro Mosaico.

E como na primeira edição da Espectador, também tem uma agenda com as datas e locais dos eventos culturais e artísticos que estão rolando durante esse mês em Cuiabá. E ainda outros textos igualmente interessantes.

A primeira edição da revista, lançada em Agosto e distribuída no Festival Calango 2008, além das matérias sobre os eventos do mês, pautou tanto assuntos mais polêmicos, como o Mês da Diversidade Sexual e Cidadania promovido pelo Movimento GLBT, quanto assuntos sociais que de destaque na comunidade como o Movimento Hip-Hop da CUFA (Central Única das Favelas). A Espectador # 01 foi bem aceita pela população regional e teve ampla satisfação dos leitores de fora que tiveram o acesso à revista durante o Calango.

Para quem ainda não conhece a revista tá dando bobeira, porque a Espectador é bem fácil de encontrar. Além da distribuição ser gratuita, você pode receber em casa! É só se cadastrar pelo email: contato@revistaespectador.com.br, ou pelo telefone (65) 3023-9323. E dá uma passada no site também: www.revistaespectador.com.br. Lá você vai ficar sabendo de tudo o que rola na cena cultural cuiabana.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Em outubro tem 24h de Cultura!


Em outubro tem muito mais que 24h de Cultura na UFMT!
É arte, cultura e conhecimento em movimento!

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A festa é em outubro, mas os preparativos já começaram. A terceira edição do 24h de Cultura na UFMT – arte, cultura e conhecimento em movimento - está marcada para acontecer de 6 a 10 de outubro no estacionamento do Parque Aquático da UFMT e promete novidades. Além da tradicional programação cultural 24h ininterrupta no dia 10, o evento ganhou um novo espaço na programação que recebe o nome de Mopyrô e abriga encontros de formação e de intercâmbio com foco na troca de saberes e na qualificação de arte-educadores.

O evento é realizado pelo Movimento Panamby, coletivo autônomo que trabalha com projetos de cultura e meio ambiente de interface com a comunidade externa à universidade.

Inscrições abertas

O 24h tem uma programação extensa e variada. Para este ano, o evento tem oficinas e apresentações de diversas áreas artísticas para o dia cultural 24h. Com o Mopyrô, também vão acontecer encontros, reuniões e cirandas faladas para os Intercâmbios Livres, uma programação com foco na criação de redes e na disseminação de conceitos através da livre troca de saberes.

Projetos e trabalhos científicas podem fazer parte do Encontro do Observatório de Pesquisa, núcleo que começa seus trabalhos de pesquisa dentro da UFMT com olhos voltados ao tema poder, cultura e contemporaneidade.

Ainda no Mopyrô, a organização promove as oficinas de capacitação, que vão do dia 6 ao dia 10 qualificando profissionais que já atuam nas áreas das oficinas ou professores e universitários com interesse na educação através da arte.

É nessa parte do 24h que a organização abre o diálogo com os campi do interior no esforço de trocar experiências e conhecimento. São esperados 200 estudantes de outras cidades de Mato Grosso e de outros estados para isso.

Todas as inscrições para o 24h de Cultura podem ser feitas online no blog do projeto, aqui. E você também vai poder acompanhar dia-a-dia todas as novidades dessa terceira edição.

Serviço
Festival 24h de Cultura na UFMT
Data: 06 a 10 de outubro
Local: Estacionamento do Parque Aquático da UFMT
Inscrições pelo www.24hdecultura.wordpress.com
Informações: 65 3615-8378